Olhei ao redor e vi um apartamento abandonado, sem cores, sem cara própria, sem aconchego.
Lendo o Ela fala e sai andando, me deu uma vontade louca de organizar minha casa, de deixar o mundo ao meu redor mais colorido e mais gostosinho. É em casa que passamos a maior parte do tempo e aqui não tinha a nossa cara.
Minha filha adora gatos, comecei a desenhar gatos e passarinhos (que ela também ama o "pintim") pela casa para fazer mais alegre as paredes.
Fuçando mais um pouco, encontrei a Margaretss e muitos P.A.P (passo a passo) fáceis de fazer e achei os elefantinhos de feltro que sempre quis ter e nunca separei dinheiro para comprar. Peguei o molde e fiz em um fim de semana de tranquilidade em Campos do Jordão.
Na volta da viagem, perdi minhas costureiras.
Diante dessa conjunção-astrológica-banho-de-água-fria-e-juntando-a-vontade-de-fazer, resolvi! Afinal, deve correr em minhas veias o sangue baiano da minha vó bordadeira, tricoteira e crocheteira, que aos 85 anos continua fazendo arte tão linda, que não se sabe o que é frente e o que é avesso. Ou o sangue cearense das minhas tias artistas de mão cheia que desenham coisinhas lindas para tudo quanto é escola de Nanuque.
E daí a comprar máquinas, organizar um canto para dar vazão a imaginação, foi um pulinho. E agora estamos aqui.
Pequeno - porque ocupa uma parede do quarto do casal.
Atelier - porque eu desejo pintar o 7, costurar o 8 e desenhar o 9 por ali.
Encantado - porque beirando os 30, sem nunca ter pregado um botão direito vou precisar da ajudinha de fadas, gnomos e outros seres mágicos para fazer dar tudo certo.
Uma aventura nova a cada dia! Muita cor, retalho, tintas e linhas me esperam no caminho!
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