quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A cortina encantada

Como eu disse nesse post aqui, minha mãe veio me ajudar a mexer com a máquina de costura reta. Na verdade, as máquinas são simples de mexer, o que precisa é o macete da experiência. E isso ela tem.

E numa tarde a cozinha passou por uma transformação. Ela era assim:


Viu que cortininha chinfrin, a lá 1,99 , pobre e sem personalidade, história, sem sal e sem açucar? Não dava nem vontade de lavar a louça.

E algumas horinhas depois ficou assim:


Muitas cerejinhas e frescor. Além de cobrir toda a abertura debaixo da cozinha.
Ela tem duas partes, para abrir no meio. Minha mãe fez uma banda e eu fiz a outra.

Adorei, ficou do jeitinho que eu queria.

Ainda tem muito pra mudar na cozinha, mas nada como começar, né?


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Dia encantado no atelier

Era uma vez, um pequeno atelier encantado em um reino muito, muito, muito, mas muuuuuuuuuito distante. E por isso, recebe muito mais visitas virtuais. Porque o pessoal não tem coragem de vir até Praia Grande.
Mas, hoje foi um dia especial. Minha mãe veio até aqui. Atravessou Santos, São Vicente e Praia Grande e aportou na Vila Caiçara para ensinar a filhota aqui a usar a máquina de costura reta.
Mães tem duas coisas em comum: é sempre difícil de lidar e elas sempre guardam surpresas especiais.
E enquanto a neta dela, minha pequena, fazia sua soneca de bela adormecida, arregaçamos as mangas e encaramos a máquina. E não é que saiu um lindo resultado?
Fizemos a cortina da pia da minha cozinha. Como não tem armário embaixo, eu sempre usei umas cortininhas de plástico, mas elas nunca são bonitas.
Peguei a dica da minha sogrinha, que tem muito bom gosto e conhece tudo que há de bom em São Paulo, de uma loja que vende tecidos, cada um mais lindo que o outro, para deixar a mulherada enlouquecida. Ela me ajudou a escolher e estava aqui parado, aguardando o momento certo, já que eu estava sem costureira.

É muito bom aprender com nossa mãe. Na minha infância, lembro com muito carinho de sua imagem, sentada à máquina de costura, fazendo conjuntinhos para minha irmã e eu.
Venho de uma família talentosa, que merecem um texto à parte, e só agora, meus instintos afloraram.

É como dizem: "antes tarde do que nunca".

Amanhã tiro fotos da nova cortina e coloco aqui!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Pequeno Atelier Encantado e MONTADO


Comprei a máquina de overloque na semana passada e precisava de um cantinho para fazer as costuras. Mas, queria mais do que um lugar, queria um espaço gostosinho-arrumadinho-pintadinho e todos os "inhos" pra ficar tudo fofinho.Primeiro de tudo, precisava de uma mesa firme para apoiar a máquina. Ao lado da minha casa, tem a loja do seu Cabral, de velhos, usados, antigos e tranqueira, e é sempre muito gentil, então fui dar uma olhada e achei exatamente o que eu queria. E baratinha: R$20.

No sábado passado comprei a mesa e à noite, desmontei as partes que não me serviam e ficou assim.

E como era sábado à noite, não tinha loja para comprar tinta branca pro fundo e nem outras coisinhas necessárias, reaproveitei as tintas que sobraram das paredes aqui de casa. A lilás é da parede da minha filha e a verde é do meu quarto e da sala. Em cada um desses ambientes tem apenas uma parede colorida e as demais são brancas. A idéia era não deixar tudo branco e funcionou, deu um toque gostoso na casa, quando mudamos.

Também não tinha lixa, então dei uma bela limpada com um pano úmido.

O yoda já tinha dormido quando eu comecei a pintar, a içara estava acordada e me ajudou nas primeiras pinceladas.


Depois, fiz uma pausa para a janta da criança, dei banho e coloquei para dormir. E recomecei.
Não queria uma mesa de uma cor só e aí pintei o fundo de uma cor e o lado de fora de outro e ficou bem charmosinha. Foram 3 demãos de tinta. Acho que se tivesse passado a tinta branca de fundo, não precisaria de tantas.

Tinha aqui encostada, duas prateleiras também na madeira e pintei uma verde e outra lilás e tcharan!!!!!!! Na segunda-feira, tirei toda a tralha que morava neste cantinho e nem tirei foto, porque tenho vergonha do estado que estava meu quarto e o maridex pendurou as prateleiras e eu organizei o cantinho com as linhas, fios, potinhos e as máquinas: a de overloque que comprei e a reta que a dona neide, bisa da içara, me emprestou para treinar.

Fiz até um porta-agulhas e alfinetes com um retalho de algodão e aproveitei o mesmo enchimento do travesseiro que usei nos elefantinhos de feltro.


Usei também um tapetinho fofo que minha mãe me deu, os quadrinhos que minha tia Elma pintou, o pufe murchinho da içara para apoiar o violão (que ninguém aqui em casa toca) e ficou assim ó, super aconchegante, bem menininha e prontinho para sentar e fazer muita arte e treinar a costura!







Só me recuso a colocar o banquinho que venho sentando, porque ele é feio e não combina nada com o pequeno atelier!

O primeiro teste de paciência.

Quem me conhece um pouco mais de perto, sabe que sou ansiosa por demais o que atrapalha e muito o trabalho manual.Mas, como uma das minhas decisões, antes de chegar aos 30 é ser mais e mais prendada, eu passeando pelos blogues descobri o da Margaretss e um elefantinho que eu sempre quis ter e nunca tive coragem de pagar.
Decidi fazê-lo, antes de montar o pequeno atelier aqui em casa.
Comprei feltro, linha de pesponto, agulha, usei um travesseiro velho para fazer o recheio e surrupiei contas, lantejoulas e mais adereços e penduricalhos da minha mãe. Gastei um total de 10 reais e coloquei na mala para o feriado de 7 de setembro em Campos do Jordão.

Foram dois dias dedicados aos meus elefantinhos e eles ficaram assim, ó:


(aproximado)

Não ficou perfeito, mas não ficou de todo mal, né?
Afinal, tenho zero de práticas manuais, tenho apenas o histórico familiar de mulheres prendadas e tudo é questão de treino.

E fiquei super orgulhosa, do meu primeiro feito. Parece até que foi uma preparação para iniciar as costuras do Kika de Pano, já que minhas costureiras deram um chá de sumiço.

Bacana, barato, bonito. E posso dizer: fui eu que fiz para quem achar bonitinho. E a melhor das recompensas: a filhota de 1a9m olha e diz: "mamãe", o que traduzindo significa: foi a MINHA MÃE QUE FEZ! :)

O passo a passo você encontra aqui, no site da Margaretss, que é totalmente inspirador!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O Gato e os pássaros

Como falei no post de abertura. minha casa estava triste, abandonada ao léu. e eu que sempre quis comprar uns adesivos bacanas para enfeitar a casa, tive um acesso de pão-durisse. porque o apartamento não é meu e eu não queria gastar dinheiro enfeitando o que não me pertence de todo.
Minha filha adora gatos e passarinhos e meu marido odeia cheiro de bicho. E foi aí, que dei de presente um gato pintado para ela, sem que ele ficasse bravo. E ficamos os 3 felizes e sem brigas desnecessárias.
O gato ainda não está pintado. mas, mostro o esboço para vocês aqui ó:

(esse gato não é original, copiei da internet e não faço idéia de quem é o artista. se alguém souber é só passar o nome que dou-lhe os devidos créditos, ok?)

minha irmã disse que minha casa parece o woodstock. e eu só consegui pensar: "quem me dera.." rsrs


e prometo postar a foto quando estiverem prontinhos!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Entre pela janela

Numa conversa descobri que não tenho 27 e sim, 28 anos, beirando os 29. Em outra conversa sobre "mudamos ou não mudamos de cidade, casa, vida", descobrimos que precisamos ficar um pouco mais onde estamos.
Olhei ao redor e vi um apartamento abandonado, sem cores, sem cara própria, sem aconchego.
Lendo o Ela fala e sai andando, me deu uma vontade louca de organizar minha casa, de deixar o mundo ao meu redor mais colorido e mais gostosinho. É em casa que passamos a maior parte do tempo e aqui não tinha a nossa cara.
Minha filha adora gatos, comecei a desenhar gatos e passarinhos (que ela também ama o "pintim") pela casa para fazer mais alegre as paredes.
Fuçando mais um pouco, encontrei a Margaretss e muitos P.A.P (passo a passo) fáceis de fazer e achei os elefantinhos de feltro que sempre quis ter e nunca separei dinheiro para comprar. Peguei o molde e fiz em um fim de semana de tranquilidade em Campos do Jordão.
Na volta da viagem, perdi minhas costureiras.

Diante dessa conjunção-astrológica-banho-de-água-fria-e-juntando-a-vontade-de-fazer, resolvi! Afinal, deve correr em minhas veias o sangue baiano da minha vó bordadeira, tricoteira e crocheteira, que aos 85 anos continua fazendo arte tão linda, que não se sabe o que é frente e o que é avesso. Ou o sangue cearense das minhas tias artistas de mão cheia que desenham coisinhas lindas para tudo quanto é escola de Nanuque.

E daí a comprar máquinas, organizar um canto para dar vazão a imaginação, foi um pulinho. E agora estamos aqui.

Pequeno - porque ocupa uma parede do quarto do casal.
Atelier - porque eu desejo pintar o 7, costurar o 8 e desenhar o 9 por ali.
Encantado - porque beirando os 30, sem nunca ter pregado um botão direito vou precisar da ajudinha de fadas, gnomos e outros seres mágicos para fazer dar tudo certo.

Uma aventura nova a cada dia! Muita cor, retalho, tintas e linhas me esperam no caminho!